sábado, 27 de agosto de 2016

ESPECIAIS: Violência contra a Mulher, até quando?

“A cada 15 segundos uma mulher cai da escada, escorrega no banheiro ou tropeça no tapete. E a cada uma hora e meia, uma mulher não sobrevive para contar a próxima desculpa."
(Trecho da campanha contra a violência domestica feita pela Rede Globo e ONU).
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Hoje o Site Di Antunes inicia a primeira temporada do quadro: "VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER, ATÉ QUANDO?"

Iremos conhecer algumas histórias de mulheres que passaram por está triste estatística que só aumenta.
O maior objetivo é incentivar as mulheres a DENUNCIAREM.
Não é necessário sofrer calada, e nem carregar essa dor para sempre.
DENUNCIE, LIGUE 180!
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1- Durante quanto tempo sofreu agressões?
Meu esposo me agrediu durante 7 anos
2- Após a agressão, havia algum pedido de desculpa e promessas de que não iria se repetir? O que pensava quando isso acontecia? De fato, acreditava? 
Nunca houve pedido de desculpa, porque ele era um animal. 
Nunca pediu desculpas.
Eu me sentia um lixo quando ele fazia isso
Ele nunca me pediu desculpas.
3- Quais eram os “motivos” das agressões? 
Ele não gostava de tomar banho, se eu falasse ele me batia. 
Eu era muito caprichosa com a minha casa, e ele entrava com os pés cheios de lama e sujava todo o assoalho, quando eu falava que ele estava sujando tudo, já era motivo dele me bater, me espancar. Esse era o motivo dele.
Eu não queria ter relação sexual com ele, então me batia e forçava. 
Além disso, falava que eu era feia, negra, que ninguém gostava de mim, que não sabia como tinha casado com uma negra.
4- As pessoas viam as agressões ou sabiam delas? O que pensavam? O que aconselhavam?
Nessa época ninguém falava nada, ficavam olhando e tinham pena de mim. 
Diziam que eu era uma menina nova (fui forçada pela minha mãe a casar com 16 anos), e ele era um homem muito mais velho, que eu era bonita, linda e maravilhosa.
Eu não enxergava isso porque ele não deixava eu me arrumar. 
Não tinha nenhuma roupa pra vestir nem calçado para calçar, e por isso eu parecia uma pessoa muito feia. Ninguém se metia também, porque ele era muito violento. Mesmo quando ele me batia na frente de todo mundo, ninguém me ajudava, ele ameaçava matar todo mundo, ele andava armado. 
Amigas minhas me disseram que o único jeito de me ajudar, pois eu não tinha estudo, era me levar pra tirar a carteira de trabalho, me dar roupa e me indicar nos empregos, pois falavam que se eu conseguisse me sustentar, conseguiria me livrar daquele homem. e foi o que eu fiz.
5- Muitas das agressões terminam em tragédias. Tinha medo de algo de ruim acontecer? 
Tinha medo porque ele era muito violento, mas chega um tempo na sua vida que você sofre, sofre tanto, que não liga de morrer ou de matar, até que chegou um dia que ele me bateu tanto que tive que aprender a me defender também, porque ele andava armado. 
Ele me batia como se eu fosse uma criança, ele tirava o cinto e me batia e quando eu revidava ele tirava o revolver e me ameaçava. 
Então um dia, já não aguentava mais apanhar dele, pois ele já tinha quebrado todos os meus dentes da parte de cima da boca. Estava na cozinha perto do fogão de lenha (nós não tínhamos fogão a gás porque ele não gastava dinheiro com a casa, o dinheiro dele era só pra ele, eu não tinha nem uma cama pra dormir),  ele veio me bater, peguei uma chaleira em uma de minhas mãos e com a outra, peguei uma marreta e mandei a marreta na cabeça dele. Partiu a cabeça dele, ele foi para o hospital e disse que ia me denunciar pra polícia, disse pra denunciar mesmo e quando a policia chegasse pra me prender, mostraria que eu não tinha uma cama pra dormir, roupa pra vestir e meu filho não tinha o que comer. 
Quando ele chegou no hospital, falou que foi um pedaço de madeira que caiu em sua cabeça. O médico disse que ele teve muita sorte, pois um pouco mais para o lado e teria acertado a fonte dele. quando ele voltou do hospital eu peguei a chaleira de água quente, ameacei jogar nele, e disse que ele não ia mais levantar a mão pra mim de agora em diante,
6- Qual era o sentimento da senhora após as agressões? 
Chorava muito e abraçava meus filhos (um de três anos e outro de dois anos), quando eles viam as agressões se enfiavam debaixo da cama com medo ao ver o que o pai deles fazia comigo. 
Eu chorava muito e perguntava se um dia teria fim aquilo.
7- A senhora fez a denuncia? Se sim, o que resultou e qual o sentimento? Se não, por quê não fez? 
Nunca denunciei ele porque eu tinha medo de ficar mal falada
Naquela época não era como hoje, não tinha delegacia da mulher, ninguém ensinava que a gente pode se defender e eu nao pensava como hoje, que a mulher pode ser independente, que não precisa ficar sofrendo só pra ter um homem ao lado dela. Eu era uma menina muito nova e inocente, minha mãe tinha me obrigado a casar com aquele velho e eu nunca gostei dele, eu pedi pra voltar para casa, mas minha mãe não deixava. 
Eu tinha vindo do norte do Parana para Curitiba com ele. Eu nao sabia nada da vida, nao sabia me defender e não tinha para onde ir. Eu achava que era uma vergonha ir na delegacia registrar queixa. 
Sem falar que ele dizia que se eu falasse pra alguém ele me mataria.
Até que um dia ele me bateu na frente do meu irmão, que para me defender, pegou uma faca e foi pra cima do meu marido, eles iam se matar. eu entrei no meio e impedi. 
Desse dia em diante, resolvi que as coisas iam mudar. Ouvi os conselhos das minhas amigas e fui atrás de emprego e depois impus para o meu marido que ele nao ia mais encostar a mão em mim e vivemos separados na mesma casa durante oito anos.
8- Um soco ou palavras mal dita ficam guardadas por muito tempo dentro de nós. Como tocar a vida em frente? 
Tem um ditado que diz assim: "Quem bate esquece, quem apanha lembra pro resto da vida".
Você tem que ser muito forte, criar uma personalidade muito forte e ter muita fé em Deus. Porque você ser agredida e no dia seguinte ver os hematomas, não conseguir comer porque sua boca e seus dentes estão arrebentados e tudo isso sem motivo, porque você é uma mulher honesta, respeita seu casamento, seu marido, e ele faz tudo isso, você tem que ter muita força.
 Força mesmo para sair de dentro desse abismo. A força vem de Deus, você tem que ter muita fé mesmo. Porque é isso que vai te dar forças para continuar, pois o agressor te tira tudo, ele faz você acreditar que é um lixo, que você é feia e que ninguém nunca vai te querer, você acredita que merece aquela vida. meu marido não me dava uma roupa, eu me vestia com os que os vizinhos me doavam, pra ir ao medico eu tinha que usar a cueca dele pois nao comprava uma calcinha para mim, ele fazia eu me sentir menos que nada.
E assim como eu, muitas mulheres também passam por essa situação e não têm coragem de mudar. Isso porque a humilhação que passamos é tão grande que ficamos anestesiadas. 
Só consegui tocar a minha vida pela fé que tenho em Deus.
9- Hoje, quando se recorda de tudo que sofreu, de toda dor, lágrimas. O que sente? 
Hoje não me recordo mais desse passado, voltei a contar essa historia para ajudar as mulheres, que assim como eu sofrem agressões. 
Tudo o que vivi ficou no esquecimento, porque conheci uma pessoa maravilhosa, um homem maravilhoso que ama, que me respeita, que me deu amor de verdade, que é tudo na minha vida. 
Hoje eu não vivo o passado, hoje eu vivo o presente e muito bem. Já estou casada com esse homem maravilhoso há 35 anos e que me ama muito e eu o amo bastante, ele nunca me disse uma palavra que me magoasse, só me trata com amor, nunca me tratou com violência, só com carinho. 
E é por isso que eu conto minha história, toda mulher merece ser amada e tratada com carinho.
10- Deixe um recado para outras mulheres que neste momento tem lido está matéria chorando, por se identificar.
Eu quero falar para todas as mulheres, do Brasil, do mundo inteiro, que passaram ou que estão passando pelo o que eu passei.
Vocês tem garra dentro de vocês, lutem, não deixem vencer. 
Hoje temos o recurso que não tinha naquele tempo, hoje vocês podem ir na delegacia da mulher, denunciar, eles protegem vocês, tem um programa de proteção onde a polícia cuida de vocês, até te mudam de cidade se precisar. 
Não fiquem nesse sofrimento, lutem, não tenham vergonha. Não voltem atrás, não se iludam com uma palavra de amor ou um pedido de desculpa. 
Não acreditem quando eles dizem que estão arrependidos "me desculpa, eu estava nervoso, não vai mais acontecer", não acreditem nisso. É mentira!
Levem suas vidas para frente, se libertem disso. 
Lá na frente tem um horizonte aberto para vocês como teve para mim e com certeza terá uma pessoa que fará vocês muito felizes, que vocês amarão serão muito felizes como eu sou hoje.
Um beijo no coração de vocês que estão sofrendo hoje, que Deus enxugue as suas lágrimas, amanhã será outro dia.

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Aguardem, tem mais histórias vindo por aí.
Compartilhem!

domingo, 21 de agosto de 2016

VOCÊ NO SITE: Bolinha de queijo FIT - Cris Legramandi


Mais uma super estreia no site.
É o: "VOCÊ NO SITE".
A receita dos leitores ganha destaque no site.
A primeira escolhida foi a receita que a Cris me enviou no facebook.
BOLINHA DE QUEIJO FIT.

Anote tudo e faça.

Ingredientes:
400 gr de frango desfiado.
150 gr de batata doce cozida e amassada.
1 ovo.
Sal e pimenta.
Quadradinhos de queijo minas ou outro que seja light.

Modo de preparar:

Misture o frango desfiado, a batata, o ovo.
Tempere, e faça bolinhas cobrindo todo o queijo do meio.
Coloque em uma forma, untada com azeite e asse em forno alto, até dourar.
Se quiser congelar, e fazer aos poucos, sem problemas.

Faça como a Cris, envie sua receita agora mesmo para o email:
diantunes1487@gmail.com 
Ou me adicione no facebook (Di Antunes), e envie sua receita por inbox.


Fonte da receita enviada por Cris: Adorável Dieta



Xô, Crise: Jessica Matias

Hoje uma grande estreia no site.
É O "XÔ, CRISE!".
Um quadro que visa dar ideias e incentivar pessoas que tem passado estes tempos de crise no vermelho.
E para a estreia, convidei a querida e talentosa Jessica Matias.  
A  Jessica é artesã, tem 25 anos, casada, mora em Porto Feliz - Sp.

Ela é dona da Jhé Arteira, uma empresa que faz artesanato em feltro,lembrancinhas, chaveiros, móbiles, Guirlandas de Porta, kits em MDF decorado em feltro, dentre outros produtos.

         Jéssica, o que fazia antes de ter o seu próprio negocio?
   Antes eu trabalhava como telefonista, em uma agencia bancária.

 Quando e por que decidiu mudar tudo?
  Eu sempre fui apaixonada por trabalhos manuais, sempre tive jeito pra coisa, como disse antes trabalhava fora, mas não estava me sentindo feliz com o que eu fazia sempre tive vontade de trabalhar com artesanato, fazer meu próprio horário, então em 2014, quando me casei, tive que mudar de cidade, me vi desempregada, em uma  cidade que eu não conhecia nada, nem ninguém, além do meu marido. Foi quando decidi que pra não ficar em casa sozinha, sem fazer nada, faria algum tipo de artesanato, e foi ai que  vi que essa era minha oportunidade de fazer o que eu sempre quis.

 Neste processo de mudanças, de ter o seu próprio negócio e ser dona dos próprios horários. O que foi a coisa mais importante a se fazer?
   A coisa mais importante a se fazer é começar, se é uma coisa que você acredita muito que vai dar certo, comece, mostre seu trabalho, se aperfeiçoe naquilo que você acredita. No começo é difícil, vai ter poucos pedidos, mas persista, divulgue seu trabalho, faça uma ou duas peças de presente, mas sempre faça seu trabalho com muito amor porque isso transparece em cada peça e quando se tem amor no que faz, não tem como ficar ruim. Talvez desse presente surge uma encomenda ou uma indicação. Foi assim que eu fiz e graças a Deus esta dando certo.

 Você se planejou antes, pensou muito antes de mudar tudo? Fez algum tipo de pesquisa antes?
   Não na verdade como eu disse eu sempre tive vontade de trabalhar com o artesanato, mas não fazia muito pra isso acontecer, eu comecei aos poucos, mas sempre tive em mente que se eu quero que de certo eu tenho que me aperfeiçoar sempre, então fui buscar na internet aulas, cursos, apostilas, tudo que possa acrescentar conhecimento, seja na área de artesanato ou de negócios, como vender eu sempre paro pra dar uma olhadinha.

 Em tempos de crise, quem se vira passa pela crise ganhando dinheiro. Como aconselhar aquela pessoa que perdeu o emprego, tem família para sustentar e não sabe o que fazer?
   Na minha opinião a primeira coisa a se fazer é não ser vitima da situação e nem se desesperar, todo mundo tem facilidade em alguma coisa se não é no artesanato é na culinária ou prestando algum serviço, só precisamos descobrir o que fazemos de melhor e se preciso for aperfeiçoar esse conhecimento, hoje em dia temos muitas formas de se aperfeiçoar, a internet esta ai pra quem quiser, tem youtube, tem plataformas de cursos online e gratuitos, tem os CRAS nas cidades, que na maioria  deles oferecem cursos gratuitos. Então quando se tem força de vontade e coragem de trabalhar, ninguém fica parado.

 Em muitos casos, as pessoas optam em abrir o próprio negócio apenas para ter uma renda extra, mas acabam descobrindo talentos que desconheciam. No seu caso, quando começou com seu próprio negócio, pensava nele em curto prazo, ou já era uma escolha para vida?
   Eu sempre pensei que este é o meu trabalho e que eu quero sim crescer nesse ramo, ainda estou começando, mas sempre tive e ainda tenho muitos planos para o futuro e estou trabalhando pra conseguir alcançá-los.


 O pai ou a mãe de família desempregado, tem medo de mudanças. Como encorajar eles a investirem nos seus talentos e dons e ganhar dinheiro com isso?
   Se você tem um sonho e acredita nele vá em frente, Deus não ia colocar esse desejo no seu coração se ele não fosse possível. As pessoas precisam acreditar mais em si mesmo e ir em busca dos seus sonhos, claro que sempre com o pé no chão, foco no seu objetivo e sempre trabalhar direito, honestamente.

 Hoje poderíamos dizer que é mais feliz fazendo o seu artesanato, sendo dona dos seus próprios horários, do que quando precisava trabalhar para outras pessoas? Por quê?
   Imensuravelmente mais feliz, me sinto realizada em poder ter minha própria renda, sem precisar seguir uma rotina estressante, hoje em dia eu tenho prazer em levantar e saber que vou ter que seguir a minha agenda de pedidos, no final do dia ter a peça pronta saber que foi eu que fiz e quando a cliente recebe a peça e sorrir e dizer que ficou linda, nossa é uma satisfação muito grande, e na maioria da vezes quando você trabalha fora você não tem esse reconhecimento por mais que você faça sempre vai ser a sua obrigação.

 Qual o segredo para o sucesso em meio à crise?
O segredo na verdade eu ainda não sei (risos).
 Procuro sempre fazer bem-feito o que me proponho a fazer, eu amo o meu trabalho e procuro sempre demonstrar isso em cada peça que eu faço, gosto de inovar fazer diferente do que todo mundo faz, as pessoas já estão cansadas do mesmo de sempre elas buscam coisas novas, diferentes e se queremos dar certo no que estamos fazendo temos que sempre inovar.

Jéssica deixe um incentivo para que as pessoas ousem mais e invistam naquilo que elas sabem fazer de melhor.  

Se tem um sonho e acredita que isso pode dar certo, vá em frente, invista, aprimore seus conhecimentos, busque inovar, as pessoas gostam disso, mas acima de tudo tenha muita fé em Deus, afinal Ele não ia colocar um desejo no seu coração se não fosse pra ele se realizar, basta querer, que Ele te capacita.